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Professor de ética explica: cassação do registro profissional de Leandro Boldrini depende de denúnci

Professor de ética explica: cassação do registro profissional de Leandro Boldrini depende de denúnci
Cissa Battistella/Rádio Uirapuru
  • 19/03/2019 - 09:27
Em abril de 2014, quando veio à tona o assassinato de Bernardo Boldrini, o Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers) havia aberto uma sindicância para avaliar a conduta do médico Leandro Boldrini, pai do menino. A corregedoria da entidade, no entanto, aguardava o resultado do julgamento para dar sequência ao procedimento. Leandro Boldrini foi condenado na última sexta-feira (15) à prisão pela morte do filho. Agora a população quer saber se o médico pode ter seu registro profissional cassado.
Nesta segunda-feira (18), durante o Repórter do Povo, o professor da disciplina de ética da faculdade de Medicina da UPF e ex-conselheiro regional de medicina, Juarez Dalvesco, explicou que Leandro Boldrini pode ter o registro profissional suspenso se for comprovado que ele usou a medicina para cometer o crime, se for constatado delito ético, como no caso de ter assinado a receita do midazolam.
Ao que parece, segundo o professor Dr. Dalvesco, a participação do pai no assassinato teria sido em arquitetá-lo. No caso da madrasta, Graciele Ugulini, foi comprovado o uso da atividade profissional na execução do assassinato. Em razão disso, em 2017, o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) decidiu pela cassação da enfermeira, por 30 anos, seguindo o parecer encaminhado em agosto de 2016 pelo Conselho Regional de Enfermagem do Rio Grande do Sul (Coren-RS).
Dr. Dalvesco frisou que para a cassação do registro é preciso ocorrer uma denúncia no conselho para que seja analisado todo o aspecto ético, o que pode ser feito pela juíza. Salientou que sem a cassação, Boldrini pode atuar como médico no presídio.
Postado por Paulo Marques
Fonte: R