A oitava colheita do milho foi aberta nesta sexta-feira (25), em Santo Ângelo, com a expectativa de chegar a 5,63 milhões de toneladas na safra 2018/2019. Considerada a principal produtora média de milho no Rio Grande do Sul, a região Noroeste sedia a abertura do período desde a primeira edição em 1954. A região Sul é responsável por 21% da produção de milho do país.
Em comparação com 2017/2018, a produção brasileira deve subir de 82 milhões para 96 milhões de toneladas nesta safra, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Atualmente, o Brasil é o terceiro maior produtor do mundo, atrás da China e dos Estados Unidos.
Ao prestigiar o evento pela primeira vez como governador, Eduardo Leite ressaltou a importância do agronegócio. "O Estado é forte. Tem talento, riqueza, empreendedores. Esta data reforça a convicção da força que vem do campo. Foi o agronegócio que sustentou a balança comercial, e seus recordes têm ajudado no crescimento econômico", enfatizou.
O Estado é responsável por 6% da produção nacional de cereal no país. De acordo com a Emater, o Rio Grande do Sul deve colher 31,5 milhões de toneladas de grãos em 2019, injetando R$ 34,2 bilhões na economia. A produção mais expressiva, porém, é a do milho.
O secretário da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Covatti Filho, afirmou que a pasta estará à disposição para ouvir as demandas dos produtores. "Nossa secretaria não pode atrapalhar a produção de quem move o campo no estado", destacou.
O presidente da 19ª Feira Internacional do Milho (Fenamilho) e vice-prefeito de Santo Ângelo, Bruno Hesse, explicou que a implantação da irrigação em lavouras de pequeno porte diminuiria o déficit estadual de consumo de milho. Hoje, os gaúchos produzem 5 milhões de toneladas, enquanto consomem 6 milhões.
A Fenamilho deste ano ocorre entre os dias 27 de abril e 7 de maio no município missioneiro. Com foco no agronegócio, o evento estimula potencialidades, fomenta relações comerciais e projeta o estado no cenário nacional e internacional.