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Polícia

Em dezembro, RS teve, em média, 14 operações policiais por dia com mais de 500 presos

Em dezembro, RS teve, em média, 14 operações policiais por dia com mais de 500 presos
Ao todo, foram presos 528 suspeitos - uma média de 26 por dia - Cid Martins / Agência RBS
  • 01/01/2019 - 07:46
Entre 1º e 19 de dezembro, a Polícia Civil realizou, em média, 14 operações por dia. Segundo os agentes, foi um dos meses com o maior número de ações especiais dos últimos anos. Ao todo, foram 295 trabalhos que mobilizaram centenas de agentes e que resultaram na prisão de 528 suspeitos. Mas parte da categoria ficou descontente com as medidas, questionando a efetividade e sobrecarga de trabalho.
Os dados da própria instituição também revelam que o grande número de operações policiais apreenderam 26 adolescentes, recuperaram 24 carros roubados e recolheram 58 armas. Houve ainda a apreensão de mais de uma tonelada de alimentos sem procedência ou impróprios para o consumo humano e de 50 quilos de drogas (12 quilos de cocaína e 42 de maconha, além de crack e ecstasy). O chefe de Polícia, delegado Emerson Wendt, diz que dezembro foi atípico porque concentrou grande número de ações que faziam parte de um processo contínuo adotado nos últimos anos.
— Foram meses de planejamento e dezembro foi assim em razão dos meses anteriores. Foram várias ações planejadas e pensadas e que precisavam ser executadas — ressalta Wendt.
Para ele, foi importante deixar esse legado de melhoria nas operações policiais. Elas começaram a se intensificar já a partir de novembro, após o período eleitoral, tanto é que em setembro e outubro os números foram bem inferiores a dezembro. 
Sindicato critica sobrecarga de  trabalho
Mas a medida que levou vários policiais às ruas no combate aos mais diversos tipos de crimes também foi motivo de reclamações da Ugeirm - sindicato dos agentes -, sobre riscos para o efetivo e sobrecarga de trabalho. Segundo Isaac Ortiz, presidente da entidade, a direção defende operações policiais com mais qualidade.
— Tem que parar a massificação das operações, as operações em série para mostrar policial na rua. Elas tem que ter qualidade, resultando em bandido preso pelo maior tempo possível e evitando o trabalho sobrecarregado do agente — destaca Ortiz. 
Ele diz ainda que a nova chefia de polícia tem que repensar a questão do grande número de operações, principalmente no que diz respeito à efetividade. Por outro lado, Wendt defende que este trabalho contínuo deve ter prosseguimento no próximo governo e nega que as ações já realizadas foram improdutivas, pelo contrário, afirma que ajudaram a diminuir os índices de criminalidade.
Postado por Paulo Marques
Fonte: Ga