Horário sem programação!

Polícia

Médium João de Deus se entrega às autoridades

Médium João de Deus se entrega às autoridades
Força-tarefa realizada pelo Ministério Público coletou mais de 330 depoimentos de mulheres denunciando abusos do médium - Marcelo Camargo / Agência Br
  • 16/12/2018 - 19:50
Dois dias depois de ter a prisão preventiva determinada pela Justiça, o médium João de Deus se entregou neste domingo (16) às autoridades. A informação foi confirmadas pelo criminalista Alberto Toron, que representa o médium, à Agência Estado. João de Deus se entregou aos policiais em encontro combinado pelo seu advogado em uma estrada de terra de Abadiânia (GO), às margens da BR-060.
Em um vídeo publicado pela colunista do jornal Folha de S.Paulo Monica Bergamo, João de Deus aparece ao lado do advogado Ronivan Peixoto de Moraes Júnior e é questionado "por que não se entregou antes". João diz apenas "na hora em que fiquei sabendo, me entrego à justiça divina e à Justiça da terra", antes de caminhar em direção a uma caminhonete.
A prisão foi decretada na sexta-feira (14) pelo juiz Fernando Augusto Chacha de Rezende, atualmente respondendo pela vara de Abadiânia (GO), onde o médico fez fama realizando atendimentos espirituais. Ele era considerado foragido desde às 14h de sábado (15) e chegou a ter seu incluído na lista da Interpol.
Após o depoimento de mulheres ao programa Conversa com Bial, da TV Globo, relatando múltiplos casos de abuso sexual com características semelhantes, uma força tarefa foi montada pelo Ministério Público dos Estados. Mais de 330 relatos foram reunidos em diferentes estados do país. Três mulheres ouvidas por GaúchaZH contaram episódios que teriam ocorrido entre 2008 e 2012 no Rio Grande Sul e em Abadiânia (GO).
Mulheres que se dizem vítimas também se apresentaram em seis países. João de Deus atende cerca de 10 mil pessoas por mês, das quais 40% são estrangeiras. Os abusos teriam sido cometidos depois do atendimento espiritual feito pelo médium. As mulheres relatam que, depois do atendimento em grupo, eram convidadas para uma consulta individual, onde os abusos seriam cometidos. O Ministério Público afirma ainda que quatro funcionários são suspeitos de ter envolvimento nos crimes.
Postado por Paulo Marques
Fonte: Ga