O desaparecimento de Jacir Potrich, 55 anos, gerente do Banco Sicredi em Anta Gorda, no Vale do Taquari, completou três semanas nesta terça-feira (4). De acordo com Guilherme Pacífico da Silva, delegado responsável pelo caso, a investigação segue sem respostas. Mais de 60 pessoas já foram ouvidas até o momento.
— O número aumenta a cada dia. Quando as informações apresentadas são úteis para a investigação, a pessoa vem até a delegacia e formalizamos o depoimento — disse.
Na última quarta-feira (28), suspeitou-se que um corpo encontrado dentro de um veículo no município de Roca Sales, localizado a aproximadamente 50 quilômetros de Anta Gorda, pudesse ser de Potrich. A suspeita não se confirmou. Segundo o delegado, após o desaparecimento do gerente, todo e qualquer corpo localizado e não identificado tem sido levado em consideração nas investigações.
— Temos um rol de desaparecidos, mas alguns casos, como este, chamam mais a atenção. Há um canal de inteligência nos passando informações sobre corpos encontrados nas proximidades. É um processo que está acontecendo em todo o Estado. Vamos checando na medida em que são identificados, ou permanecemos aguardando a perícia. O corpo encontrado em Roca Sales foi identificado e a hipótese, afastada pela investigação.
O caso
O primeiro a perceber o sumiço de Potrich teria sido o sobrinho, de 24 anos, que mora com o bancário e a mulher dele, Adriane Balestreri Potrich, 53 anos. O jovem entrou em contato com a tia, avisando-a.
Adriane disse que imaginou que o marido estivesse em alguma pescaria e só começou a se preocupar na manhã seguinte. Ao tentar falar com ele por telefone, a chamada teria caído na caixa de mensagens. O desaparecimento então foi comunicado à polícia.
Após suspeita de que Potrich pudesse ter sofrido um mal-súbito e caído em um açude, o Corpo de Bombeiros esvaziou o local, mas nada foi encontrado.
Câmeras
Imagens mostram o gerente chegando ao condomínio em que mora às 19h07min da terça-feira em que desapareceu. Ele entra na casa e passa pela porta dos fundos, com balde, no qual estariam peixes fisgados no açude de um amigo, e um copo. Ele caminha em direção ao quiosque da piscina.
Os peixes foram limpos e guardados na geladeira. A pia, as facas e a tesoura usadas ficaram sujas. Potrich não teria dormido em casa, já que o quarto do casal estava intacto.
Quando sumiu, segundo a família, o gerente vestia camiseta clara, bermuda jeans e chinelo. O carro dele permaneceu na garagem, com documentos dentro. A Polícia Civil indica que informações sobre o caso sejam repassadas pelo Disque Denúncia, no número 181.
Postado por Paulo Marques