Casada há 26 anos com Jacir Potrich, gerente do banco Sicredi desaparecido há uma semana em Anta Gorda, a contadora Adriane Balestreri Potrich, 53 anos, não consegue entender o que possa ter ocorrido com o marido. No dia do desaparecimento, como costuma fazer às terças-feiras, ela havia viajado para Passo Fundo, onde o filho do casal, de 26 anos, mora. Antes, de acordo com a contadora, nenhuma anormalidade havia sido percebida na rotina do casal.
— Na terça-feira, nós almoçamos juntos e fomos na casa de um vizinho, que tem um filho de quatro anos que é o xodó do Jacir. Foi tudo normal e tranquilo — explica.
Adriane soube do desaparecimento no dia seguinte, ao ser avisada pelo sobrinho que mora com eles. O jovem disse que o tio não havia dormido em casa. A empregada da família, que percebeu que o quarto do casal estava intacto, confirmou. A contadora, então, tentou ligar para o marido, mas, segundo ela, desde então, todas as chamadas caem na caixa de mensagens.
— A gente não costuma ficar se ligando o tempo todo, pois sempre sabemos onde o outro está. Por ele ser gerente de banco, sempre tive um certo medo, uma angústia de que algo poderia acontecer, mas, graças a Deus, nunca tinha ocorrido. É incrível que não tenha uma pista, um fio de cabelo sequer da criatura em lugar algum — desabafa.
Postado por Paulo Marques