A morte de animais, especialmente de reses, por descarga de raios, é bastante comum em nosso país. Especialista elencam as principais dicas para os pecuaristas preocupados em proteger sua propriedade da incidência de raios, que muitas vezes matam lotes inteiros e causam enormes prejuízos.
No caso rural, em muitos lugares existe a questão de uma cultura de que não se tenha um sistema de proteção para as propriedades. O chefe do Departamento de Engenharia Elétrica e professor da Universidade Federal de Minas Gerais, José Osvaldo Saldanha Paulino, afirmou que árvores isoladas em uma pastagem são um ponto preferencial para a queda dos raios por conta da altura elevada na área geralmente descampada. “Toda vez que você tem um ponto alto, é preferencial para a queda de um raio. Aquela história que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar é mentira, ele cai em um ponto mais alto”, revelou.
Na manhã desta quarta-feira, 26, na propriedade rural de cerca de meia colônia que Dionísio Reichert possui na localidade de Linha Castor, interior de Santo Cristo, um raio matou um terneiro da raça nelore, que estava sendo criado como futuro reprodutor. A propriedade fica situada a cerca de um quilômetro da sede daquela localidade, onde o agricultor cria gado de corte e leiteiro.
Além do terneiro morto, havia uma vaca e outro terneiro menor nas imediações. Todos estavam próximos de uma cerca e uma árvore de grande porte, que descascou devido a corrente elétrica do raio.
“Para as pessoas, o melhor, caso elas estejam em meio à queda de raios, é procurar um abrigo mesmo, uma construção, se possível de concreto, se possível que tenha pára-raio", orienta o professor Osvaldo Saldanha Paulino. Ele reforçou que as cercas podem ser elementos perigosos por conta de sua extensão e por serem compostas por fios metálicos, condições que favorecem a condução de energia.
Para minimizar eventuais acidentes, Paulino ensinou que a primeira técnica a ser usada é o aterramento, ou seja, criar caminhos para que a corrente que caiu no fio metálico da cerca vá para a terra.
Postado por Paulo Marques