Motoristas e proprietários de caminhões de todo o Brasil prometem paralisar os serviços a partir desta segunda-feira. a greve já foi anunciada pela Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam). A entidade reúne cerca de 600 mil caminhoneiros autônomos, de um total de cerca de 1 milhão de motoristas no Brasil.
No Rio Grande do Sul, porém, a decisão de aderir ou não a greve será tomada em reunião dos 12 sindicatos integrantes da Federação dos Caminhoneiros Autônomos (Fecam-RS), feita por videoconferência a partir das 11 horas. A última grande paralisação no Estado aconteceu em 2015.
O presidente da Fecam-RS, André Luis Costa, confirma que muita gente considera a paralisação inevitável. Pessoalmente, ele acha difícil que qualquer mobilização leve a zero a redução da carga tributária incidente sobre operações com óleo diesel, a principal reivindicação dos caminhoneiros.
Costa assegura que a Fecam não apoia e nem apoiará bloqueio de rodovias e depredações, já registradas em outras greves da categoria no passado. A proposta que será debatida é que os caminhoneiros apenas cruzem os braços, ficando em casa, sem rodar pelas estradas.
O presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga de Ijuí, Carlos Alberto Dahmer, disse a reportagem da Colonial que a entidade vai realizar assembleia na tarde desta segunda para tirar uma decisão.
Os caminhoneiros pedem, entre outras providências, a redução das alíquotas da contribuição para PIS/PASEP e Cofins sobre as operações com óleo diesel. Em nota, a Fecam alinhou os principais motivos para descontentamento:
- Altas sucessivas no óleo diesel, produto que representa 42% do custo do frete para o caminhoneiro.
- Falta de infra-estrutura no país, com estradas deterioradas e sem segurança ao transporte.
- Dificuldade de receber da empresa contratante o vale-pedágio destacado do valor do frete.
- Falta de financiamento possível de ser pago pelo caminhoneiro, nas atuais condições do mercado.