Decisão do juiz Guilherme Corrêa da 1ª Vara Cível da Comarca de Ijuí autoriza o arrendamento das unidades da Cotrijui. A cooperativa, que acumula dívidas calculadas em R$ 1,8 bilhão e em 2014 havia entrado em liquidação voluntária, enfrenta processo de liquidação judicial. A sugestão para que os silos sejam alugados foi feita pelo administrador judicial, Rafael Brizola Marques, que assumiu a Cotrijui no final de janeiro. As informações são do blog Campo Aberto do jornal Zero Hora.
"Trata-se, na verdade, de medida emergencial, necessária ao resguardo do recebimento de grãos da safra que se aproxima, o que poderá contribuir para a estagnação, ou ao menos diminuição, do passivo da cooperativa", argumentou o juiz Guilherme Corrêa no despacho emitido nesta quinta-feira (dia 22).
O arrendamento tem prazo máximo definido de três anos.
Os administradores também estão concluindo a contagem da quantidade de grãos que estão depositados na cooperativa atualmente, que está sendo feita com o apoio da Emater. O Ministério Público apura denúncias de que houve a apropriação indevida da produção entregue pelos associados. A projeção é de que até o final da próxima semana essa tarefa seja concluída.
Posteriormente, os associados deverão ser chamados pelo administrador para decidirem o destino dos grãos depositados na Cotrijui.