A insatisfação com os valores pagos pela indústria motivou a discussão sobre a adoção de uma garantia de preço ao produtor de leite, por meio da formalização de contratos entre as partes. A ideia é defendida pela Fetag, que amanhã (5) irá tratar do assunto em reunião com a empresa Lactalis, em Porto Alegre. No dia 19, haverá um encontro com a direção da Nestlé.
Segundo o assessor de Política Agrícola da Fetag, Márcio Langer, o objetivo é possibilitar que o produtor possa planejar seus custos e tenha condições de saber antecipadamente quanto irá receber. Ele afirma que, no modelo atual, a relação entre as partes se dá de maneira informal. O produtor, conforme Langer, somente sabe quanto irá receber no dia 15 de cada mês, quando o pagamento geralmente é efetuado. A Fetag defende que o produtor recebe o pagamento até o quinto dia útil.
Em novembro, o preço de referência do Conseleite ficou em R$ 0,8653.
O assunto divide opiniões. Para o professor Marco Antônio Montoya, do curso de Ciências Econômicas da Universidade de Passo Fundo (UPF), estabelecer contratos entre as partes é interessante para garantir parceria de fluxo constante de mercadoria e apoio tecnológico. No entanto, poderá que as cotações são reguladas pelo mercado.