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Agricultura

Efeitos do La Niña moderado já são sentidos no RS

Efeitos do La Niña moderado já são sentidos no RS
  • 20/11/2017 - 11:52
Embora o quadro ainda seja de neutralidade, o resfriamento das águas do Oceano Pacífico – que caracteriza o La Niña – registrado desde agosto já traz efeitos para o Rio Grande do Sul. Segundo Jossana Ceolin Cera, consultora em agrometeorologia do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), a grande ocorrência de granizo e também os dias mais frios do que o habitual para esta época do ano são reflexos do fenômeno climático. Nos últimos dois meses, a região Noroeste do Estado foi atingida por vários temporais. Na sexta-feira (17),  choveu 70 milímetros em 15 minutos. As pedras de gelo danificaram o telhado de 34 residências. 
Ao contrário do El Niño, que é o aquecimento das águas do Pacífico, o La Niña pode levar à ocorrência de períodos de estiagens no Sul. Alguns modelos de previsão mostram chuva pouco volumosa em janeiro no Rio Grande do Sul, mas não necessariamente estiagem, acrescenta Maria Clara Sassaki, meteorologista da Somar.
Os meses de janeiro e fevereiro costumam ser de menor volume de precipitações, mas, por conta das condições do oceano, esse cenário pode se intensificar. 
Maria Clara explica que, em relação ao mês de fevereiro – decisivo para o desenvolvimento da soja, principal cultura no Estado–, o quadro ainda está um pouco incerto, “com os modelos oscilando bastante”. As informações são da coluna Campo Aberto do jornal Zero Hora.
No boletim de novembro, a Agência Americana de Meteorologia e Oceanografia (NOAA) apontou, pela primeira vez, acoplamento entre oceano e atmosfera tropical, ou seja, a atmosfera começou a responder ao resfriamento, o que também vem sendo observado no Brasil. Pela projeção do órgão, um fraco La Niña deve prosseguir até perto do primeiro trimestre de 2018. 
Há cinco safras, as condições meteorológicas – com algumas exceções pontuais – vem favorecendo as colheitas de verão no Rio Grande do Sul.
 
Fonte: Com informa