Na Expointer, Maggi defende ação para proteger cadeia produtiva do leite

Em encontro com representantes da indústria do leite na manhã de domingo, na Expointer, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, reafirmou que estuda formas de ajudar o setor a reduzir os danos provocados pelo ingresso de leite em pó uruguaio no Brasil. Maggi disse que pretende se reunir, ainda nesta semana, com o governo uruguaio para tentar negociar o estabelecimento de uma cota para a entrada do produto no Brasil, a exemplo do que é feito com a Argentina. 

Sábado (26) na abertura da 40ª Expointer, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio o ministro havia defendido a exclusão do leite da lista de produtos do Mercosul beneficiados pelo livre comércio, a exemplo do que já ocorre com o açúcar, como forma de acabar com as distorções no mercado brasileiro provocadas pelas importações do produto do Uruguai. “Vamos fazer estudos para avaliar essa possibilidade, inclusive já comuniquei isso ao presidente Michel Temer e ao ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes”, disse Maggi, ao participar 

Segundo o Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Rio Grande do Sul (Sindilat), o Uruguai enviou ao Brasil 100 mil toneladas de leite em pó em 2016.

Já o governador José Ivo Sartori anunciou que vai suspender e deixar de atualizar dois decretos que garantem diferimento tributário para o leite em pó importado por indústrias no Estado e destinado posteriormente a outras regiões do país. 

O Rio Grande do Sul produz 4,6 bilhões de litros de leite por ano. A agricultura familiar responde por 95%, em mais de 100 mil propriedades em 467 municípios.