Polícia indicia jogador preso durante partida da 2ª Divisão do Gauchão

O titular da 2ª Delegacia de Polícia de Porto Alegre, Cesar Carrion, indiciou por extorsão mediante sequestro e formação de quadrilha o jogador do Sapucaiense preso nesta quarta-feira (3) durante partida da 2ª Divisão do Gauchão. Marlon Natanael de Lima Alexandre, 21 anos, estava no banco de reservas, no estádio Arthur Mesquita Dias, no centro de Sapucaia do Sul, para enfrentar o Farroupilha, quando foi preso pelos agentes.

O jogador tinha quatro mandados de prisão em aberto, segundo a Polícia Civil. Um deles por suspeita de participar de sequestro em outubro do ano passado de uma mulher que saía do shopping Bourbon Ipiranga, na Capital. O grupo foi com a refém até o shopping Praia de Belas, que fica próximo, para realizar saques. Um segurança percebeu a ação e trocou tiros com os bandidos. A vítima desse sequestro foi até a delegacia e reconheceu o jogador como integrante da quadrilha. Marlon ficou em silencio durante depoimento. À Rádio Gaúcha, no momento da prisão, ele negou participação nos crimes.

Outros crimes

Marlon também tinha mandado de prisão por sequestro realizado em fevereiro de uma vítima na zona norte de Porto Alegre. Segundo a polícia, ele chegou a exigir R$ 5 mil dos familiares. O jogador de futebol também é suspeito de realizar um sequestro relâmpago na saída do hipermercado Carrefour, na Avenida Bento Gonçalves.

O outro mandado em aberto é porque Marlon foi flagrado com um carro roubado, com placas clonadas, e um adolescente dentro.

“Foi difícil (chegar até a ele). Não descobrimos o paradeiro, e agora por denúncias anônimas, investigações, ficamos sabendo que ele era atleta do clube. Não sabíamos o endereço dele e também tivemos denúncias que esse rapaz sabia dos mandados de prisão e se preparava até para fugir. Resolvemos, então, infelizmente invadir o campo durante a partida e efetuar a prisão", afirma o delegado.

Surpreso com a prisão do jogador, o presidente do Sapucaiense José Luis Rech Cristianetti lamentou o fato:

"Se eu tivesse suspeita, não teríamos nem inscrito o atleta no campeonato. Foi uma surpresa triste, porque aqui dentro era um menino de bom comportamento, cumpria rigorosamente com todas as obrigações", diz.

Postado por Paulo Marques