A atividade de capinar com enxada está em extinção na atualidade (ano 2017), pelo menos na região Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul.
A extinção desta atividade está relacionada à mecanização das propriedades rurais e ao êxodo rural. Até a década de 90, era comum ver nas rodovias caminhões carregado com pessoas nas suas carrocerias, se deslocando até as propriedades rurais com a finalidade de realizar a limpeza das lavouras, com a utilização da enxada para capinar o inço.
O Sr. Sildo José Dal Pisol, nascido em 15/10/1960, natural de Alecrim/RS, passou a residir a partir de dois anos de idade no Município de Tuparendi, em Esquina Nova, próximo a Esquina Buriti. Em novembro de 2010, mudou-se para a cidade, onde realiza atividades de serviços gerais, tais como: capinar terrenos urbanos, cortes de gramas, podas de árvores, lascar lenha, carneação de bovinos e suínos, servente de pedreiro, entre outros serviços, de onde provém o seu sustento diário.
Como sempre foi agricultor, gosta de estar em movimento, fazendo algo, portanto, o domingo é o seu pior dia da semana, pois neste dia fica parado, conseqüentemente sente dores pelo corpo devido a sua idade e por não fazer nada neste dia.
Com a gradativa elevação das temperaturas nos últimos anos, está realizando as suas atividades no verão em horários diferenciados, das 6h30min às 11h30min e das 17 às 20 horas.
Não gosta de fazer uso de veneno, pois além de prejudicar a sua saúde, prejudica também das outras pessoas. Nunca se esqueceu da frase dita pelo agricultor já falecido Artur Kai, “as melhores ferramentas para trabalhar é a enxada Tramontina, a faca Mundial e a foice Pandolfo”. Também comentou de um dito popular, “o melhor veneno para o inço é a tramontina”.
É raro nos dias atuais vermos pessoas fazerem uso da enxada, ainda mais por jovens. Hoje é comum a utilização de máquinas de veneno no meio rural, na limpeza de terrenos urbanos e até mesmo em hortas domiciliares.
Postado por Paulo Marques