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com PAULO MARQUES - Jornalista Reg. Prof. MTE-16408

Justiça

Homem é condenado a mais de 10 anos de prisão por tentativa de feminicídio

Homem é condenado a mais de 10 anos de prisão por tentativa de feminicídio
Tribunal de Justiça do RS/Divulgação
  • 26/02/2025 - 19:53
  • Atualizado 26/02/2025 - 20:00

Um homem, de 66 anos, foi condenado nessa terça-feira (25/02), em Tupanciretã, a 14 anos e dez meses de prisão pela tentativa de feminicídio da companheira. A sessão do Tribunal do Júri foi presidida pelo Juiz de Direito Leonardo Baes Lino de Souza, da Vara Judicial local. Ao final do julgamento, o réu foi mantido preso para a imediata execução provisória da pena.

Conforme a denúncia do Ministério Público Estadual, a vítima foi espancada e encontrada na própria cama com graves lesões na cabeça e no rosto, a tempo de ser socorrida e levada a um hospital. O crime aconteceu na data de 02 de dezembro de 2023, no Bairro Pedreira 2, na cidade da região central do Estado.

“Foi um crime gravíssimo, que resultou em sequelas definitivas para a vítima e que muito repercutiu na comunidade. O Conselho de Sentença considerou o réu culpado da tentativa de homicídio qualificado por ter sido cometido contra a mulher por razões da condição de sexo feminino (feminicídio). A pena, fixada em 14 anos e dez meses de reclusão, é um sinal eloquente de que a população de Tupanciretã não tolera a violência contra a mulher e reprime com rigor quem a prática", ressalta o promotor.

Ao fixar a pena, o Juiz considerou a circunstância reconhecida pelos jurados de crime cometido contra mulher por razões da condição do sexo feminino. Na sentença, avaliou as consequências como “gravíssimas”, ao observar que “a vítima foi hospitalizada e permaneceu em coma em razão das lesões sofridas”, apresentando sequelas físicas e neurológicas.

Durante o júri, réu e vítima prestaram depoimento em plenário. Não foram ouvidas testemunhas. A sessão do júri foi encerrada às 17h, depois de oito horas de trabalhos. Atuaram pela acusação o Promotor de Justiça Tales de Almeida Schmitz, e pela defesa, o Defensor Público Bruno Cerejo.